A liberdade existe?

      No meu ócio produtivo em que o contar do tempo não conta volto ao amago da minha origem humana, outrora inata e libertadora é um momento de agradável saudosismo onde o que então era real nos dias atuais é pura utopia.  

      Um ser que não tinha necessidade de explicar-se a si mesmo, de julgar-se ou condenar-se ou ainda absolver-se de seus prazeres. Não havia culpa no sexo apenas prazer nem vigilância no alimentar-se apenas prazer, tampouco vigilância com o peso ou a aparência, pois exercitar-se era puro prazer. 

      Liberdade! Esta palavra vai mal em nossos dias, tentamos dar a ela ainda um ideal com supremo valor, valor este que só existiu antes da palavra liberdade. Na medida em que “evoluímos” fomos extremamente hábeis na nossa própria enclausurarão.

      Sociedade do Pensamento Livre... Quantas criticas, afinal que liberdade se pode esperar da cultura atual. A que entender-se que a proposta da introspecção na Sociedade do Pensamento Livre não é mero acaso na verdade foi ela introspecção que fundamentou e fundamenta a Sociedade do Pensamento Livre, pois só no ócio do pensamento introspectivo daqueles que gostam de usufruir de liberdade plena, liberdade esta que só pode ser manifesta no tempo de interiorização humana do pensar que, vez por outra, nos da o grato prazer do ressuscitar este ser livre e morto em nós ainda presente.

       Sim, é de fato muito triste, que à medida que adentramos o mundo dos saberes emprestado estamos comprando o ingresso permanente da atual prisão em que vivemos. Então por que não usufruir de uma liberdade plena temporária de um tempo em que não se conta... interiorização...introspecção... .

       O verdadeiro ouro da vida foi nominado “liberdade” felizes aqueles que têm a capacidade ainda que momentânea de encontra-la já que da cela que construímos só a morte talvez possa libertar-nos.

       A Sociedade do pensamento Livre trouxe a proposta libertadora do conteúdo real da liberdade a todos inerentes e por muitos já esquecida.