Se fizermos uma analogia podemos dizer que: A Empresa é como a terra, o sol ou o ar, pois a terra silenciosamente nutre as árvores através de suas raízes, e o sol e o ar as fazem respirar através da fotossíntese. A Empresa, da mesma forma, dá vida àquilo que produz e ao longo de nosso texto saberemos como um objeto inanimado pode estar instituído de vida. Continuando nossa analogia, posso dizer que as árvores somos nós, que fazemos a Empresa produzir. Os diretores, os encarregados e responsáveis por cada setor, são como o tronco, o cerne da árvore, e as forças trabalhadoras são como seus galhos. Vejam que todos são componentes do mesmo objeto. Os que comandam cada setor nutrem e alimentam seus comandados. E antes do que comanda ser um chefe, o ideal é ser um líder porque o exemplo “não é a melhor maneira de convencer, mas é a única”. A competência de um líder está na competência do conhecimento do que compete aos liderados. Não só na execução da função de cada um, mas compreendendo e conhecendo profundamente a si mesmo. Pois só então será capaz de entender o ser humano como a 1ª parte da sua extensão e que a 2ª parte é a função que ele ocupa. Aparentemente um objeto não tem vida, mas a ciência sabe que o próprio aço não é estático e subjetivamente posso dizer que cada objeto produzido contém vida. Porque atrás de cada objeto existem sonhos de realizações. São pessoas produzindo coisas para servir outras pessoas e através do trabalho visando a realização de sonhos... casar a filha, formar o filho comprar uma bicicleta os presentes de natal etc. Portanto não devemos depreciar as coisas para valorizar as pessoas ou depreciar as pessoas para apreciar as coisas, pois elas existem para nós e nós para elas. E nós que movemos a Empresa porque devemos nos dedicar a ela de corpo e alma? Porque cada um recebe da vida aquilo que dá a ela, e isto esta lá nos ensinamentos do mestre quando diz: “Façais ao outro aquilo que desejares a vós mesmos”. Ou ainda Francisco: “É dando que se recebe”. O que cada um de nós deseja é realizar nossos sonhos e sermos felizes. Para isto precisamos suprir diversas necessidades a nós inerentes. Queremos ser bem sucedidos! Mas como posso ser bem sucedido quando o que desejo não é extensivo a quem comanda ou ao comandado e principalmente à empresa da qual faço parte? Como disse antes, o ser humano é a 1ª parte da nossa extensão e a 2ª são os nossos objetivos de vida. Um corpo sem objetivo não serve para nada, porém todo objetivo demanda o exercício do trabalho, seja intelectual ou físico. Então não devemos ver a nossa função apenas como uma obrigação, mas sim como um componente indispensável ao próprio ser. Portanto, se soubermos nos dedicar com sabedoria e competência a nossa função seremos seres íntegros e capazes de fazer de nossos objetivos realidades e não apenas sonhos. Talvez tudo que eu tenha escrito até aqui, vocês já tenham lido ou ouvido inúmeras vezes. Mas será que isso contribuiu para uma melhor postura nossa diante das instituições que compõem o ser? Ou seja, a primeira sociedade que vivemos: a família; a segunda: a empresa, e por fim a sociedade coletiva, o mundo lá fora. Vou passar a vocês um exercício que pode ser praticado por beligerantes na fé, ateus, agnósticos, religiosos e crentes. Aí perceberão efetivamente os resultados destes argumentos, e não tenham dúvidas de que haverá uma grande distância entre os que praticarem e os que negligenciarem. Toda manhã após sua higiene pessoal, sente-se confortavelmente em uma cadeira, feche seus olhos e permaneça em silêncio de cinco a dez minutos. Após, analise o que foi pensado e a utilidade de seus pensamentos para este dia. Caso consiga fazer isto por trinta dias disciplinadamente, você tomou posse das diretrizes de sua vida. Caso não consiga, evidenciou suas limitações. Caso nem tente, deveria perguntar-se que vida deseja administrar.
Fiorelo Agostini Mentor da Sociedade do Pensamento Livre |